segunda-feira, 28 de abril de 2014

O impossível é só questão de opinião.

   "A união e o equilíbrio das forças opostas, complementares e inseparáveis de tudo o que existe.

Eu poderia jurar que esse abraço seria impossível de acontecer, ou pelo menos que eu não iria gostar dele tanto assim. Poderia jurar que seria impossível eu gostar muito de você um dia, ainda mais que iria te amar, e tanto. Poderia jurar que você nunca seria uma amiga por quem eu nutriria, ah, um grande sentimento, quem diria, minha melhor amiga. Todas essas coisas, eu já afirmei tantas vezes, pra outras pessoas, pra mim mesma, pro meu coração, e acho que nunca estive tão feliz por ter estado tão errada o tempo todo. Como um pedido que a gente faz pra uma estrela cadente. Só que eu nunca pedi ninguém como você, até por que nem se quer imaginava que poderia existir um alguém igual. Mas assim como todas as melhores coisas da minha vida sempre me foram dadas sem haver um pedido prévio, foi com você. Se eu tivesse que escolher só uma pessoa, pra estar comigo pro resto da vida, a escolha já estaria feita. Eu não queria mais te prometer nada, porque agora sei que promessas foram feitas para serem quebradas e disso sou tão vítima, quanto agressora. Mas sei que posso te falar que não vejo possibilidade de não haver mais nós, nem daqui há 50 anos. E te prometer sim, de dedinho, que eu não vou sair da sua vida e nem deixar você sair da minha. Quando menti foi pra te poupar de verdades, que eu já sabia que você não merecia ouvir. E ainda que grande parte disso tudo tenha nascido e crescido de uma mentira, da nossa verdade quem sabemos somos nós. Não há mais nada pra esconder, ninguém me conhece tão bem. Em todos os sentidos que tem a palavra conhecer. Opostas, sim, mas completas. A metade exata uma da outra, como se fôssemos uma só. Eu nem sei mais onde termina o meu eu e começa o seu. E eu posso até ser a parte ruim do encaixe, mas a melhor parte de mim, não tem como não ser você. Quando estamos juntas nada pode nos vencer. Te amo pra sempre, com toda a verdade do mundo. E se o pra sempre, sempre acaba, a gente faz o nosso ser a primeira exceção porque não há nada que a gente não possa.

 Não precisa sofrer pra saber o que é melhor pra você.

"Jogue suas mãos para o céu, e agradeça se acaso tiver, alguém que você gostaria que, estivesse sempre com você."

Pois o passado é uma prisão.

As vezes eu quase me esqueço de quem você é e me pego incansavelmente te defendendo de crimes que eu sei que você cometeu e nem se quer se arrepende. Eu odeio pensar em você do jeito que você é,  mas não é normal amar alguém assim, não pelo que viveu, viu e ouviu mas pelo que imaginou, pela imagem que se construiu dentro da mente. Logo eu que odeio essa idealização que as pessoas sempre criam. Nem se quer é justo querer que você seja diferente, é só olhar pra dentro de mim e saber o quão pior eu mesma sou. Aprendi a amar justamente com quem não sabe, anos vazios pra compreender o amor décadas depois, através de quem simplesmente não ama. Do veneno também se extrai a cura, afinal. Você sempre vai ser o meu maior amor.

"Já tentei mudar, te tirar do meu mundo, mas não aprendi como esquecer... e nem quero viver se for pra ser sem você."

Não precisa morrer pra ver Deus.

"Eu canso dos meus meio sorrisos tanto, tanto, que prefiro que a vida seja assim mesmo. E aí me pergunto se chorei de tristeza profunda ou alegria libertadora, o que acaba dando no mesmo porque minha profundidade me liberta. E eu pude chorar todos os meus medos no seu sofá e eu pude ficar curvada do jeito que a minha sombra, que só eu vejo, é. E eu pude borrar todos os meus disfarces e ficar feia sem culpa, porque a dor consegue ser sempre maior do que qualquer culpa, por isso o meu vício em sofrer. Eu chorei a nossa imperfeição, eu chorei a saudade enganada da nossa perfeição, eu chorei a nossa necessidade de não se largar, eu chorei a nossa necessidade de se largar, a nossa necessidade de fugir do mundo em nós e a nossa necessidade de fugir de nós encontrando amigos.Eu chorei o nosso ego que sempre tem respostas para tudo e não pode perder, chorei o nosso silêncio cansado de perguntas e desprovido de interesses, a pobreza do mundo que nos impossibilita de sermos felizes sem culpa, a falta de simplicidade que eu tenho para ser feliz e eu chorei o espaço da nossa alma que ainda falta evoluir. Eu chorei o nosso medo de não sermos o que sonhamos. Eu chorei o medo que eu tenho de não ser quem você quer e o medo que eu tenho de ser exatamente o que você quer. Eu chorei porque precisava de colo, porque precisava te mostrar a minha fragilidade escondida no meu mau-humor. Eu chorei porque eu sempre canso de tudo e tudo sempre cansa de mim. Chorei de cansaço profundo de sempre cansar de tudo e tudo sempre cansar de mim. Chorei de apego ao cheiro do novo e principalmente de melancolia pelo cheiro do velho. E chorei porque tudo envelhece com novos cheiros e a vida nunca volta. Eu chorei de pavor da rotina, de pavor do fim, de pavor de sair da rotina e começar outros fins. Eu chorei meu medo de submissão, o meu medo de vomitar, o meu medo de me mostrar pra você tanto, tanto, e não ter mais o que mostrar. Eu chorei minha infinidade de coisas e o medo de você não querer abrir os mais de um milhão de baús que existem escondidos na caixa cerrada que eu guardo embaixo do meu peito. Eu chorei meu fim e o medo do meu infinito. E eu teria chorado cinco anos se você não me dissesse que já era hora de parar. E eu chorei depois cinco anos escondida, porque eu não sei a hora de parar e não quero que ninguém me diga. Aliás, eu quero sim. Eu quero que você me diga quando for a hora de parar, de continuar e de não pensar em nada disso. Eu quero que você me acorde com uma lista de horas e outras lista de anos e outra lista de encarnações. Eu quero que você me dê a mão e me ensine o que é um relacionamento. Era minha a dor de ser solitariamente para mim. E você a substituiu pela dor de não querer mais ser solitariamente só para mim. Mas tudo é dor afinal, e eu não sei ser leve, eu não sei voar. E chorei porque tenho tanto medo de tudo o que é inteiro, que prefiro viver tudo na cabeça, enquanto o corpo relaxa na minha cama, longe de tudo. Eu deito na minha cama e imagino tudo o que pode acontecer, enquanto não toco de verdade na vida para não cansar demais e depois não ter forças para viver de verdade. Mas acabo dormindo e deixo pra depois. Mas eu chorei justamente porque descobri que viver na cabeça também é um tipo de coragem, porque eu não protejo a alma de feridas e nem de descanso. Eu chorei porque eu te amo mas eu não sei amar."



terça-feira, 22 de abril de 2014

Tirulipo Day ;)


Eu lembro exatamente da primeira vez que eu te vi por foto e fechei a cara. Lembro da primeira cena em que eu realmente prestei atenção em você. Lembro do quanto foi estranha, a forma como meu coração de cara acelerou e me deixou assustada. Lembro do quanto relutei contra tudo isso que você desde o começo criou dentro de mim, o quanto tentei me convencer de que já já ia passar, como sempre foi com todo mundo. Lembro da primeira vez que eu te vi chorar, ainda enquanto personagem, e mesmo assim me doeu tanto, que eu nem se quer conseguia entender, e apesar de ter me sentido uma completa idiota, chorei junto. E em um dos colos mais acolhedores da minha vida, me permiti ser de novo, a garotinha perdida que morava lá no fundo do meu eu: “Por que ela tá fazendo isso comigo? Porque eu tô sentindo isso? Você já me viu chorar tanto assim, alguma outra vez na minha vida?”. Nem no maior e melhor dos meus sonhos eu poderia imaginar, que teria alguém assim um dia. Que nutriria um sentimento tão imenso, tão profundo, tão completo e livre de tudo aquilo que não for bom. Você mudou a minha vida. Você me faz querer viver, você me deu novos olhos e me fez enxergar um mundo que eu não pensei que existia, você me faz querer ser melhor, tentar ser melhor, lutar pra ser melhor, simplesmente pra ter o que fazer de suficientemente bom, que recompense o presente mais generoso que Deus poderia ter me dado. Mas ainda que eu erga montanhas, que eu salve vidas, que eu mude o universo, ainda sim, tudo seria muito pouco pra agradecer. Não existe eu sem você... E quantas vezes eu escrevi esse mesmo trecho, pra embelezar centenas de outros textos, mas nunca com a mesma verdade, com a mesma intensidade que tem agora, falando sobre você. Eu te amo tanto que não cabe dentro de mim, não tem mais onde por tanto amor e ele insiste em crescer, ele transborda de dentro pra fora, me inunda, me tira a razão e me faz perder tudo que me resta de noção. Eu faria tudo de novo, uma, duas, três, dez vezes, eu ainda vou fazer muito mais por você. Eu estou aqui pro resto de toda a sua vida, e não tem promessa que eu queira cumprir mais que essa. Não tem nada de mais bonito em mim, eu nunca vou abrir mão disso, e quem quiser ir contra, sinto muito, vai me perder, porque não há nesse mundo quem me faça desistir de você. Eu não te trocaria por mais ninguém, não tem nada pra ser mudado, até as piores coisas do seu jeito te fazem ser assim, a pessoa que eu mais amo na vida inteira. Não troco isso por nenhuma outra coisa, EU TE AMO PRO MUNDO TODO OUVIR, e que todos tenham a mesma sorte que eu, de sentir metade que seja disso pelo menos uma vez na vida. Obrigada por fazer a minha valer a pena. Ainda bem que você existe. Ser sua fã foi a melhor escolha que eu já fiz, mesmo tendo sido decidido pelo coração. Para sempre é muito pouco pra quantificar o tempo que classifica esse amor. 

Suco de laranja.

Eu gosto de suco de laranja. Gosto da Sophia. Gosto de gente da voz calma, de melodias bonitas e letras que digam o que eu sinto. Gosto de abraços, de dias claros, de noites frias, gosto de ficar sem roupa. Eu queria ser uma pessoa boa mas gosto de ser uma pessoa má. Gosto de beijos, de corpos quentes, de calor, gosto de orgasmos. Eu não gosto de suor, eu odeio me sentir vazia. Gosto de ficar sozinha. Odeio a solidão. Meu maior medo é terminar só. Eu tenho tanto medo, mas não tenho medo de nada. Gosto dos meus amigos do colegial, gosto da época da escola, mas não sinto saudade. Eu sou inconsequente, maluca, impulsiva, faço muita merda e gosto de ser assim mas queria ser diferente. Eu não gosto de quase ninguém mas gosto de muita gente. Acho que o amor destrói, mas sei que ele me construiu. Eu não gosto de filmes novos e livros novos, historias novas, novelas novas. Eu gosto de rever cem vezes os meus filmes favoritos e reler cento e uma as histórias que eu já conheço. Eu confio em Deus, mas ele me assusta. Não consigo me importar, mas me importo tanto. Sofrimentos não me comovem, coisas tristes não me entristecem e eu quase nunca sei o motivo do meu pranto. Eu gosto de frio na barriga, das minhas pernas bambas, do meu corpo trêmulo e da minha língua dormente, gosto de ficar tonta e não gosto de não ter controle sobre mim. Eu tenho vontade de explodir quando meus pés não me obedecem. Eu odeio gosto de álcool e vivo bêbada por aí. Gosto de cheiro de cigarro. Eu acho que já fiz tudo que eu nunca pensaria em fazer. Gosto de cílios grandes. Eu gosto de escrever. Gosto de pessoas que gostam da Sophia. Gosto de coisas que me fazem refletir. Pensamentos me enlouquecem. Eu gosto de loucura e eu odeio pensar. Não gosto de finais, de despedidas, de mudanças, odeio muito a morte. Eu não quero morrer, mas de vez em quando eu fico tão exausta. Eu vejo coisas bonitas mas o mundo é sujo demais. Eu odeio esse nó que a minha garganta dá. Nem se quer sei no que acredito. Eu acho que tristeza é opcional mas não sei se sou feliz. Eu gosto de ficar triste. Gosto de lágrimas, mas eu não choro. E eu odeio chorar. Gosto de deitar na minha cama, escrever e molhar o meu travesseiro. Eu sou egoísta e carrego dentro de mim o amor mais altruísta que pensei que poderia existir. Eu quero tudo só pra mim e gosto de dividir. Eu gosto de conhecer o amor e de ter aprendido como se ama. Mas eu não sei amar. Eu não sei do que eu gosto. Não gosto de nada. Eu gosto de tantas coisas. Gosto de suco de laranja.

sábado, 19 de abril de 2014

Game over. Fim. Ouça o meu lamento.

"As vezes eu faço de tudo pra não lembrar e seguir vivendo, mas no menor descuido eu lembro e o coração fica pequeno."

Uma vez, eu escrevi um texto como esse, o conteúdo era similarmente o mesmo, mas o sentimento incomparavelmente menor. Você sem explicação, me perguntou se era sobre você e eu respondi que não. Este é. Eu frequentemente sentia uma agonia tão grande todas as vezes que imaginava como seria te perder que chegava a pensar que isso de fato era não poder viver sem, o que me assustava, já que ninguém jamais havia exercido um papel assim na minha vida. Você foi a primeira pessoa que eu amei tanto, mas tanto que todo amor que não tinha mais onde por, que nem cabia, ainda parecia pouco. Eu não sei se você sabe, mas deveria, porque eu sempre te disse e quando se tratava da gente havia uma sinceridade incomum em qualquer palavra que eu dizia e uma vontade de outro mundo de cumprir promessas que ainda nem tinham sito feitas. Eu teria largado tudo por você, e quantas vezes eu te deixei isso tão claro... Não hesitaria em abrir mão do que quer que fosse para fazer as coisas darem certo. Com apenas uma exceção, mas essa tão inquestionável que é quase desnecessário ser citada. Eu achava que a gente não tinha como acabar, que até a eternidade era pouca, que eu jamais seria capaz de viver uma vida sem você. E eu estava errada. Três vezes. Não é como se eu fosse cheia de uma saudade infindável, porque eu não sou. Não é como se pensasse ou lembrasse todos os dias, porque eu não lembro. Mas assim como toda dor que o tempo ameniza, toda ferida que ele fecha gera uma cicatriz. Eu sempre pensei em infinitos quando tentava te definir, em uma coisa eu estava certa, afinal. Você é a eterna cicatriz da minha vida. E embora não doa a dor insuportável que eu poderia jurar que doeria, nunca para de doer. É a lamentação que me acompanha á todo tempo, dói mesmo sem estar doendo. Por tudo que fomos, pelo que somos, pelo que seremos e pelo que poderíamos ser mas não vamos nunca. Me desculpa por desistir. Eu quero o que é melhor pra sua vida, se fiz o que fiz não foi só por que quis, eu te quero feliz... De que adianta tanto amor se ele só faz cair? Por isso eu tive que partir, porque a gente merece mais, como eu posso permitir que sabote a nossa paz? Eu vou te perder, não dá pra vencer. Eu sinto muito. Vou sentir sua falta pra sempre.

Meu amor, eu daria tudo que eu tenho, só pra voltar no tempo, pra limpar toda mágoa, voltar aos bons tempos de paz mas já passou tanta água (...)