sábado, 19 de março de 2016

When i look at you.

Eu olho pra você e definitivamente não sei o que fazer. Te admiro como a pintura mais bonita que eu poderia ver. E me sinto insuficiente demais por não poder ajudar, por não entender o que há, por você me legendar tão facilmente e eu nunca, nunca, nunca conseguir te decifrar. Tento gritar mas pedaços de mim estão espalhados por toda cidade. Na calçada e na rua do bar, nas grades do terraço onde você odeia que eu me sente, no seu quarto com cheiro eterno de café, nos banheiros escondidos da faculdade e nas cadeiras geladas da nossa lanchonete preferida, mesmo que você só vá pra sentar e nunca queira comer nada. É preciso muita energia para reunir todos esses cacos, então eu sorrio pro mundo, como se nada estivesse fora do lugar. Respiro fundo, retoco o batom e fico sentada aqui assistindo minha auto destruição enquanto me vejo implodir. Ás vezes sinto como se você fosse uma miniatura de vidro que vai explodir bem na minha frente e atingir minha pele com todos os seus milhares de estilhaços se eu não pensar rápido no que fazer. Mas eu sempre penso. E adio o tempo como uma bomba relógio, que vai estourar em breve, porque sei que o final dessa história é inevitável. Porque quando olho pra você eu vejo tudo. Só que não estou preparada pra aceitar o que vejo. 

sábado, 5 de março de 2016

Vai ficar faltando alguma coisa.



No sol dessa manhã tão cinza, a tempestade chegou. Da cor dos seus olhos: castanhos. Difícil dizer o que vai fazer mais falta, se tua fúria ou o silêncio que vem depois dela. Difícil entender a falta que você já tá fazendo. Hoje eu só queria te guardar pra mim. Numa bolha que te protegesse do fim. Só que dessa vez, não vou me privar a selecionar as palavras mais bonitas. Porque acho que elas podem não ser boas o suficiente para muitas coisas, como é agora. Mas precisamos tentar. Não precisa rimar. Não dá para parafrasear, porque você foi tudo que eu não consigo explicar. E me afeta de um jeito que eu não tô nem sabendo lidar. Ta faltando um pedaço de você. Em todo lugar. Tem sua cara, seu jeito, seu pranto, sua birra, seu riso e tanto, por todo canto. Difícil dizer o que vai fazer mais falta. As canções de ninar quando você demorava a dormir ou as velas virtuais acesas pra você se comportar. A vontade de dar na sua cara! - sim, fofa eu uso bordões seu - mas ao mesmo tempo, botar no colo e cuidar, ou querer matar quem te faz chorar. Difícil, difícil. Que os seus caminhos se abram e os olhos também, meu bem. Que você, veja o que é e não o quer que seja. Observando bem, a gente vê tudo. Mas tem que estar pronto, pra aceitar o que verá. Difícil dizer o que vai fazer mais falta. Se é a sua energia gostosa logo de manhã, essa que me impulsionava até a acordar cedo e fazer tudo que tinha pra fazer, pra na volta ter um dia inteiro de overdose de você, ou se o seu receio de mostrar e demonstrar, esse que na primeira dose já berrava "eu não sou de falar... mas aprendi a te amar!". Ensinou, Ana Paula. Pagou por quebrar a regra mas amoleceu um tanto de coração de pedra. Me deixou mais mole do que jamais fui. Agora eu tô aqui, essa manteiga, que não sabe o que vai fazer, sem todo dia poder te ver. A metade do primeiro, já doeu demais. Realmente, era você o cais. Inacreditável te conhecer. Inevitável se envolver. Mas o mundo, não tá preparado pra você. O BBB não fez por onde te merecer. Você que quer engolir o universo e abraçar a vida com mil braços, sem abraços. Esse reality não foi seu. Mas o mundo será. Um brinde de whiksy á quem veio pra brilhar! E me recorro á Burt Bacharach, pra poder te dizer: "Assim mesmo que acordar, antes mesmo de me levantar, eu vou rezar um pouquinho por você. Depois de escovar os dentes, vou rezar mais um pouquinho por você. Na condução, indo trabalhar, de novo, vou rezar um pouquinho por você. Na hora do cafezinho, vou rezar sempre um pouquinho por você..."
Juro. Eu vou até aprender.