sexta-feira, 27 de janeiro de 2017

Surprise bitch


Eu me questiono o tempo todo. Penso muito sobre as pessoas e todas as outras coisas do mundo, mas eventualmente, também penso muito em mim, a ponto de me perder nas próprias trilhas de curvas um tanto quanto excêntricas que dividem as portas, ora abertas, ora irrevogavelmente trancadas que guardam minhas paredes. Passos invisíveis para o abismo das minhas paredes. Minhas paredes vazias, minhas paredes riscadas, minhas paredes de pé num estado caótico demais para ainda não terem desabado, minhas paredes perfeitamente pintadas e devidamente decoradas, minhas paredes impassíveis e impenetráveis, minhas paredes erguidas como uma espécie de abrigo e cuidado, minhas paredes sombrias e intimidantes, minhas paredes leves e alegres... minhas paredes, coloridas, brancas, negras e sem cor. Tantos caminhos existem. E eu penso muito sobre cada um deles. Para ser sincera, por vezes, encarei o ato de pensar como um verbo meio maçante, mas agora realmente acho que minha mente precisa mesmo disso para se organizar e limpar a poeira do passado, tirar a sujeira, para enfileirar tudo isso em prateleiras e etiquetar com clareza de modo que eu possa encontrar, se não eu me perco dentro de mim mesma. E tudo bem se não for assim com todo mundo, porque é tão importante perceber que as pessoas são diferentes e por serem diferentes, reagem de formas diferentes, enfrentam e lidam e sentem tudo de um jeito particularmente seu. Porque os nossos sentimentos, vontades, desejos, batalhas, necessidades, dores, amores e medos, são natural e absolutamente... diferentes. Você só precisa descobrir o modo que completa as figuras do seu álbum, a fórmula certa (e sua) de encaixar as peças do seu quebra cabeça. Sem mais perguntas, sem mais respostas: Eu me achei!

Apenas visitantes mal educados

Nossa evolução pode sim nos fazer grandes, mas ainda assim, não seremos nada. Somos a poeira dos sapatos de um viajante.