domingo, 30 de março de 2014

"Home is wherever i'm with you...


Espinho e cicatriz


É triste conhecer o lado mau de pessoas que você realmente gosta e o lado bom não ser suficiente para suportar e relevar a frustação. Nem se quer chega a ser como se elas fossem os piores seres humanos do mundo, afinal, erros todos tem, mas é uma barra, especialmente pesada demais, aceitar que gente assim cause dor em quem é isso pra mim, começo, meio e fim. "O amor é incondicional até conhecer, o que o outro esconde no porão da sua alma, que é pra ninguém ver..." Recentemente eu tanto ouvi e tanto soube sobre gente que já fazia parte do meu eu há tanto tempo, que me senti quase invisual, inconsciente, cega, vítima de um passado vivido ás escuras. Acho que é menos difícil lidar com sensações instantâneas, e logo fiz questão de excluir totalmente da minha vida tudo que lhes fosse relacionado, e desenvolver da raiva repentina, o desencanto e dele um quase ódio por consequência. Mas assim como todas as outras infinitas coisas da vida, tudo perde a intensidade e quando passa, o amenizar da fúria traz tristeza e uma dorzinha chata que incomoda lá no fundo da alma da gente. É como ter uma lembrança ou ver uma fotografia, se alegrar ou inconscientemente querer sorrir e não poder mais, por saber que aquelas, agora são pessoas que você não gosta, ou que ao menos não deveria gostar. Triste saber que as pequenas exceções do mundo, aquelas que conseguiram em um curto espaço de tempo me conquistar por tanto tempo, talvez  nem sejam dignas de tanto afeto assim, triste saber que as músicas que foram trilha sonora das minhas dúvidas, agonias e mil e uma paixões, não devem mais tocar, não podem mais ser ouvidas, pela repulsa que causam quando o play é ativado, pelo aperto que provocam no coração como uma corda que o enforca sem a menor piedade, pela náusea, vergonha, asco, pena, rancor, mágoa, quando só pelo timbre da voz apresentada o cérebro ja assimila todo mal que aquilo causou. Triste saber que as canções ainda não foram apagadas, que ainda fazem parte da minha playlist mesmo sem jamais me permitir tocá-las. Triste saber que eu não queria deletar ninguém. Que por uns, mais fácil, o âmbito era musical, mas por outros, difícil, era tão mais forte que eu me sinto mal por ainda querer tão bem. Que bom seria se ninguém jamais pudesse machucar alguém.

sexta-feira, 28 de março de 2014

Filosofia

Filosofia (do grego Φιλοσοφία, literalmente «amor à sabedoria»)

Queria poder te acolher. E te abraçar e te dizer que tudo bem. Eu queria te levar para um planeta onde não existisse tempo de pirar, e que você pudesse pirar a todo tempo! E eu pudesse ir agora no seu mundo e te dizer que eu nunca vou me cansar de você. E eu pudesse, de repente, gritar bem alto, porque me irrita esses milhares de sorrisos tecnológicos que você faz. E me irritar com você porque meio mundo te procura enquanto eu não posso te procurar… Porque eu vejo o mundo te usar e descartar, e você mais que saber, aceitar. Você é além. Ninguém entende nada. E que se dane a sociedade gritando no seu ouvido que não pode ser assim. Atiraram você nesse mundo, repentinamente te obrigaram a crescer, te jogaram mil e uma responsabilidades precipitadas e até hoje te colocam um peso enorme quando em nada você pode intervir. Te lançam pedras sem nem saber o por quê. Seu coração sente um monte de coisa desordenada, seu cérebro pensa um monte de absurdo. Como se só por estar aqui, aturando tanta maluquice, você já não devesse ganhar aí um desconto para também ser louca de vez em quando. Quem é essa sociedade maluca, quem é esse mundo maluco? Quem são esses loucos que exigem tanta certeza e tanta postura, que querem que você seja perfeita, que se incomodam com cada ação, que julgam, meu Deus, até o que você decide fazer e em nada interfere na vida de nenhum, que te jogam aos leões, que parecem não se cansar? E que me irritam, me machucam, cravam em mim dores afiadas quando falam mal de você? Que me dilaceram quando te desejam coisas ruins e me destroem com as mais simples palavras. Que tentam incansavelmente expulsar você de mim? Um monte de gente que não sabe, que não te conhece tentando me convencer de que você, não é uma pessoa boa o suficiente, e que não merece nada que eu faço por ti, enquanto eu conheço, eu sei, eu vejo além, eu enxergo o seu interior, conheço o lado escuro do seu ser mas conheço o lado de luz, e sei que não há pessoa de alma mais bela? Porra, eu só quero que você seja feliz e que quem não quer o mesmo te deixe em paz. Eu só queria que o mundo soubesse, que as pessoas entendessem. Que cada um tivesse a chance de conhecer profundamente um pouquinho que fosse do que você é. Que mais ninguém fosse capaz de duvidar, ou de te machucar, de te sugar até a última gota, de ser tão cruel ou de te fazer chorar. Eu já estava tão cansada dessas máscaras todas, de tanta insensibilidade, desses joguinhos superficiais, da minha ideologia de frieza, dos meus conceitos escassos de sentir, da minha dúvida eterna sobre o amor, de nem saber mais quem eu era. E aí você aparece na minha vida pra consertar tudo isso. E eu não consigo agradecer. Queria que ao menos eu pudesse te acolher. E te abraçar e dizer que eu nunca vou conseguir se você não estiver aqui. E te dizer também, que não ouça as vozes contrárias, que você tem o mundo e que eu te aceito assim, complicada demais, impulsiva, dessas que faz tudo errado sempre, mas fiel ao coração, perfeita nos defeitos e linda em todos os sentidos que beleza pode ter. Só queria que você soubesse que eu gosto mesmo de você, bem do jeito que você é. Que eu te amo de verdade, te amo pra sempre e isso não tem fim. Porque foi você que me ensinou, o amor e o infinito. E eu aprendi. Eu sei. Amo saber. Você é minha filosofia.

domingo, 23 de março de 2014

What are you doing?

Acho que de vez em quando a gente passa por situações que nos fazem parar e por um momento que seja, refletir sobre o verdadeiro sentido de tudo isso e o por quê de estarmos aqui. Pensar não é lá uma das minhas coisas favoritas, pois me entristece, mas especialmente hoje em muito tempo, talvez, me senti verdadeiramente muito bem por ficar triste, creio que seja esse o maior paradoxo da minha vida. Aprendi comigo mesma, desde muito cedo a estar no controle de tudo inclusive do que sinto, a simplesmente me bloquear, encontrei minha ideologia de que todo sofrimento é opcional e a segui á risca. Eu já tinha quase me esquecido como era sentir. Deplorável ver como nossas dores não passam de meros arranhões perto dos ferimentos incuráveis que existem em outras pessoas. Eu já deveria saber, não faz nem sentido ainda ser tão pequena, egoísta e alienada em meu mundo fechado de futilidades, tendo em vista tudo aquilo que não só vi, como vivi. Hoje uma maca passou ao meu lado trazendo um corpo morto coberto por um lençol branco e gritos ensandecidos que o acompanhavam aos berros de "o que vão ser daquelas crianças?", não pude deixar de avaliar a minha mesquinhez diante de coisas tão mais importantes. É tudo tão fácil mas a gente insiste em complicar, enquanto há por aí tantos corações que só queriam uma saída pra não ter que suportar uma angústia tão difícil.

"Às vezes na vida existem laços reais que nunca podem ser rompidos. Às vezes você vai encontrar aquela pessoa que vai ficar ao seu lado aconteça o que acontecer. Talvez encontre uma pessoa e celebre isso com o casamento. Mas também existe a chance de que essa pessoa com a qual você pode contar a vida toda, aquela pessoa que te conhece às vezes melhor que você mesmo seja a mesma pessoa que esteve ao seu lado esse tempo todo."

I will feel miss you forever.

"Mil desculpas eu peço, por não saber dizer adeus direito (...) Que esse fim não traga dor, pois é apenas um novo começo."

                               

domingo, 2 de março de 2014

Filme repetido. Final tão óbvio que chega a ficar misterioso.

U smile. I smile.

"A gente não gosta de um sorriso por quão certinho ele é, pelo charme ou pela cor que ele tem. A gente não gosta de um sorriso pela forma como ele se encaixa perfeitamente no rosto, ou pelo modo atraente como ele surge. A gente gosta de um sorriso simplesmente por quem está sorrindo, a gente gosta de um sorriso quando ele diz que alguém que a gente ama está feliz. E pode apostar, o teu sorriso seria o mais bonito do mundo para mim, mesmo que nele não tivesse dentes; Desde que demonstrasse que você está feliz.'

6h34



Nem liga, guria
Se eu já não sei disfarçar
Se eu já cansei de esconder 
O que era fácil de achar  
Nem liga, guria
Se nos meus olhos não há (mais)
O brilho de quem vivia
Com o coração em paz
Se a gente já soubesse como vai ser a viagem 
Antes mesmo de comprar nossa passagem 
A gente já virava pro outro lado e dormia (tão só) 
Se a gente entendesse que há um ciclo no amor
Começa pela cura, mas termina com a dor
A nossa cama pra sempre estaria vazia
Nem liga, guria
Se a minha voz acabar
Sei que tu já me sacou sem eu precisar falar 
Nem liga, guria
Não vou poder te atender 
Tô encontrando em minha vida um canto só pra você
Se a gente já soubesse como vai ser a viagem
Não perderia tanto tempo com bobagem
E o meu peito poderia muito bem ser a tua moradia
E finjo que acredito no que dizem sobre o amor 
Eu finjo que é eterno, mas te peço, por favor
Esquece tudo e vem passar comigo essa madrugada tão fria
Vê se não fica assustada quando eu digo
Eu nunca fui daqueles que fazem sentido
Tô em São Paulo, aqui o céu nunca é azul 
Eu tô aqui cantando um samba com sotaque do sul
Amanheceu, e eu deveria estar dormindo 
Mas estes versos são palavras explodindo 
E, no teu colo, um dia, elas vão cair
E aonde isso vai dar, não cabe a nós decidir.

Como alguém pode chamar isso de amor,

se hoje escrevo com navalha, em minha pele o que eu preciso esquecer? Perceba as coisas que você me falou. Como alguém pode dizer que não mudou? Se eu sou o fruto da minha falha, as suas falhas podem definir você (...) Pois também tenho um lado negro só meu, apenas nunca quis ter visto o seu. E eu sei que não existe nada nessa vida que vai nos fazer mudar. Não dá pra abandonar a posse do 'sentir' mas hoje estou aqui disposto a te apagar.

E quando a dor chegar,
Quem é que vai te ouvir?
Te fazer respirar?
Te devolver o ar?

E quando acabar, um corpo pra esquecer, feridas pra sarar e o 'adeus' que eu não falei. Sou um retrato que a tua mão revelou, cópia barata do que eu acho que eu sou. E sim, amor, eu sei que eu não devia querer demais o que eu nem sei o que é.