quarta-feira, 9 de novembro de 2016

No way


Hoje eu tive que deixar um pouco dos meus conflitos internos de lado, pra falar dos conflitos mundiais. Ou quem sabe unir ambos, em um tipo de conflito só. E não, eu não sou nenhuma espécie de comunista ou militante de esquerda. Na realidade, desde que me interesso por política, me identifico muito mais com as posições da direita, economicamente falando. E sei, que essa é uma informação completamente nula, tendo em vista que definitivamente, Donald Trump não representa a extrema direita americana e nem Hilary, a esquerda. Eu queria que as pessoas entendessem que o mundo e os problemas sociais, políticos e humanitários ao redor dele, não são divididos entre direita e esquerda. E sim, eu li livros de história. Sim, eu sei quem é Che Guevara e me apavora viver em um mundo onde o acham revolucionário ou herói, em nome de uma ideologia. Sim, eu fui a favor do impeachment, e não, eu não posto Fora Temer nas redes sociais. Não, eu não acho que seja o fim dos Estados Unidos, ou que vem aí um substituto de Hitler. Mas sim, eu perco a fé, nas pessoas. Eu sento e não consigo esperar por um resultado diferente no Brasil em 2018. E eu sinto uma profunda dor filantrópica. Sinto meu cérebro se comprimir, porque eu sou uma pessoa que precisa entender as coisas constantemente e não vou entender um estado como a Flórida, onde há o maior número de latinos dos EUA, elegerem um candidato... que odeia latinos. Um presidente que define imigrantes como narcotraficantes, criminosos e estupradores; que apresenta como solução construir um muro e forçar o México a financiá-lo. Eu não vou entender uma sociedade que compactua com o ódio. E nem por osmose eu adquiriria a capacidade de compreender que sim, milhares de pessoas concordam com o discurso ofensivo de quem escolheram como representante máximo. Porque isso diz muito sobre o que elas pensam sobre si mesmas e sobre as outras. Sobre quem elas são, diante da vida. E eu só não queria viver em um mundo onde descubro que as pessoas são assim.