segunda-feira, 8 de junho de 2015

E decidiu entrar de vez naquela dança.



Hoje eu vim te contar que a minha saudade tá diferente. Feito pontinha de nostalgia que bate no fundo do peito da gente. E eu juro que é saudade boa! Que nem as nossas tardezinhas de garoa, comendo doce na padaria e brincando de poesia. Você e sua mania de me contar histórias em rimas. Saudade da risada abafada, do "não vou contar pra sua mãe", da bagunça arrumada. Do nosso amor pelas estrelas escondidas, atrás da nuvem, por trás da lua, no cantinho dos postes da rua... Será que do que as estrelas tem medo?

- você tem medo?
- eu não! de nadinha 
- e de escuro?
- de escuro eu gosto muito
- mas gosta mais de estrelas. não gosta? 

Eu gosto mesmo é dessa caixinha de momentos sem fim. Guardados em mim. De poder rir toda noite cantando faroeste porque sei a letra de cor e você sempre duvidou que eu fosse aprender. Mas meu coração é erudito. Cê perdeu bonito! 

Desde que você partiu eu espero do jeito mais sincero que me é possível.