domingo, 18 de outubro de 2015

Nosso próprio tempo

"Eu sei que você sabe quase sem querer, que eu vejo o mesmo que você..."

Hoje eu quis escrever um clichê, pra te dizer: Ainda bem que só se morre de amor na tela dos cinemas. Porque na vida real, a gente aprende a conviver com as suas infinitas formas e transforma uma delas, na nossa. A gente guarda no peito e voa. As vezes com medo da garoa, mas vai. É que amores não mudam, caro leitor. O que muda é a cabeça do amador. E a minha dor, é não conseguir mais ver além dos olhos. E não por esquecer, mas por saber, que tudo é simplesmente do jeito que se vê. Eu olho pra bagunça que eu sou, a que você sempre tentou faxinar. Corro um risco muito grande em tentar arrumar. Guardar tudo isso... E nunca mais encontrar. Só que eu nem me dou o trabalho de empacotar as coisas. Tentar tirar você daqui. Quer saber, deixa aí. Agora somos nós o tom cinza das paredes. Mas cadê o azul que tava aqui?