terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Afinal, quem faz bem aos que amamos nos faz em dobro.


Um ano do amor mais lindo que eu já conheci. Um ano do sorriso mais verdadeiro que já vi no rosto de quem eu mais amo, do brilho mais intenso na imensidão azul do olhar, da gargalhada mais sincera e sem pressa de parar. "Pois mesmo que seja por culpa, quem ama não foge em meio a tristeza. Quem ama não vai embora. Não desaparece. Aquilo que é verdadeiro permanece, – mesmo doendo. Amor este que não tinha motivo algum para nascer, e nasceu. Se fez forte e maior que qualquer obstáculo." Que seja só o começo da eternidade... Se curtam, se cuidem, se amem, se façam bem e não se esqueçam nenhum segundo se quer, de serem as pessoas mais felizes desse mundo, por que vocês merecem.

E obrigada, Filipe.
"Somos iguais. Não somos? Somos duas faces de uma mesma moeda. A vida é um baile de máscaras, querida, quem consegue esconder melhor o que é até o final da noite, leva o prêmio. Mas em termos de máscaras, será que sou mesmo eu quem usa a maior?"

sábado, 22 de fevereiro de 2014

Pra quem me faz amar o amor.


Acho que pela primeira vez na vida, eu tô me sentindo completa. Mesmo que apenas por instantes, é como se não me faltasse nada... Como se eu não precisasse de mais nada, simplesmente porque eu já tenho tudo. Eu sou tão feliz por poder te amar! Isso, te amar. É só que eu te amo demais, e amo te amar tanto assim! Amo seu jeito infantil, amo seu mundo encantando, amo sua empolgação com as menores coisas do mundo, amo o valor que você dá pros detalhes, amo seu dom de deixar tudo mais bonito, amo sua pureza ao enxergar as pessoas, amo cada pedacinho seu. Amo sua carinha de brava, amo seu sorriso, amo a cor do seu olho, amo o jeito que ele brilha, amo seu nariz fininho, amo a falha da sua sobrancelha, amo sua unha redonda e curtinha, amo seu cabelo despenteado, amo suas bochechas cheinhas, amo a covinha que elas formam quando você faz bico ou manda beijo, amo as pintinhas do seu braço e das suas costas, amo sua pele branquinha, amo te ver feliz, amo saber que você está bem, amo te ver crescer, amo ver você se realizando, amo te ver rodeada de gente que se importa contigo, amo a forma como você fala, amo suas besteiras, amo sua inocência, amo seu jeitinho bobo de escrever, amo o tempinho que você sempre encontra pra gente, amo sua simplicidade, amo sua atenção, amo suas caretas, amo suas manias, amo o jeito como você me faz sentir, amo fazer tudo por você, amo suas músicas sendo o alarme do meu celular, amo estar triste e como que por mágica olhar pro celular sorrindo porque o plano de fundo sempre é você, amo te ter na minha vida, e pela primeira vez não tenho medo de amar alguém! Amo te ver se sentindo amada, amo te ver amar, amo te amar.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

I forgive you

Quando eu tinha dez anos te perguntei o que era amor e se era normal eu não amar ninguém. Você sorriu e disse que tava tudo bem... Dias depois você foi embora pra nunca mais voltar, mas eu sempre achava que ainda iria ter um jeito, que tinha algum erro. E toda vez que o interfone tocava eu pensava que era você pra me dar um abraço e dizer que tinha sido só um engano, que tava tudo bem de novo e a gente ia acampar no carnaval. Hoje são 7 anos do pior dia de todos, e até hoje eu espero, como se fosse possível. Até hoje eu esqueço e de vez em quando me vejo morrendo de vontade de deitar no seu colo pra fugir do mundo. Hoje são 7 anos que eu entendi pela primeira vez o que era amor e percebi que amava alguém, mas você sabe que eu sempre fui toda complicada com tudo. A última coisa que você me disse foi que tudo iria ficar bem, como sempre dizia, que queria que eu fosse uma menina boa e que eu não precisava chorar. Mas aí eu chorei, eu rezei tanto, eu rezei todas as orações que eu sabia, eu tremi, solucei, rezei mais, olhava pro céu e pedia "por favor, por favor...", eu quase me desmanchei mas nada ficou bem e eu nunca consegui ser uma menina boa. Eu fiquei tão brava, eu achei tão injusto você me deixar sozinha, porque você sabia que eu precisava de você, e eu sempre te pedi TANTO pra não beber mais, pra parar de fumar, pra ir no hospital quando aquelas coisas estranhas começaram a acontecer, mas você simplesmente não se importava... Eu sei que não, pra você não tinha problema ter que ir embora, tudo bem. Sabe, eu levei muito tempo pra conseguir entender isso, e hoje eu só entendo porque pra mim é assim também, não me importo quando chegar a hora. Só que não tem ninguém aqui que precise de mim tanto quanto eu precisava de você. Sentir saudade de alguém que nunca vai voltar, que não pode voltar, é a pior coisa que se pode sentir. Saber que eu nunca mais vou te ver, nunca mais vou sentir seu cheiro, que você nunca mais vai me cobrir a noite, nem estar aqui pra me ajudar a entender o mundo. Vazio sem fim. Queria muito que você estivesse aqui, que você visse como as coisas estão, no final das contas sei que ficaria feliz por muita coisa que eu tô fazendo, contra o mundo, sim, mas fazendo por mim, porque eu realmente quero ser alguém e poder falar lá na frente que devo tudo isso a educação maravilhosa que você me deu, ao carinho que você nunca me deixou faltar, por sempre ter me compreendido, apoiado e acreditado em mim. Eu queria mais que tudo que você estivesse aqui mas eu sei que você não queria estar. E eu te perdôo.

"Me deu a luz, me fez sonhar, chorou por mim, me fez amar. Foi pra mim, foi tudo e mais um pouco enfim. Tanto quanto eu sinto a sua falta, rezo pelo bem da sua alma. Eu só queria que você vivesse mais, a vida te levou e me deixou aqui, e o que você me ensinou é o que me faz feliz. Que Deus te dê um bom lugar e guarde um pra mim, e quando for a minha vez, te encontro por aí..."

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

- tá vendo seus erros?
- até eles são bonitos.

Sobre a escrita e outros temas desconexos

Eu, quando era pequena não suportava ser criança. Queria muito ser adulta, só brincava de ser gente grande, me sentia alguém realmente especial quando o mundo me dizia que a minha 'mente' era espetacular demais pra minha pouca idade. Ficava com vontade de viver. Amava escrever, escrevia sobre tudo, e gostava de escrever coisas tristes sem nem se quer tem motivos pra se sentir assim ainda. É aí que começa toda a história das malditas fantasias e das pessoas. Eu sei lá porque, quando já tava um pouco maior e numa fase especialmente HORRÍVEL da vida... tive uma professora de português que me tratava como se fosse minha fã - e falo sério -,  ela simplesmente me enchia de elogios nos conselhos de classe quando eu já tinha entrado super naquela fase de não fazer mais porra nenhuma na escola, só fazia redação... aí tinha essa professora, e ela sempre escolhia os melhores textos pra serem reescritos num caderno dela, "o livro azul". Todo mundo meio que faltava se matar pra entrar pra esse livro, acho que foi a primeira vez que tive que lidar com competição, nunca entendi o que podia ter de tão bom ali pra todo mundo querer, e logo na minha primeira redação ela me escolheu (e assim foi com todas as minhas outras redações durante todos os anos que ela foi minha professora). No começo eu só achava bacana, mas o início disso foi bem quando eu fui pra escola pública -relutando- e eu me sentia um lixo, soa fútil falar assim, eu sei, faz parecer que eu sou uma babaca, mas não ligo, porque eu cresci assim, cresci sendo tratada como a melhor pessoa do mundo em todos os lugares e então eu acreditava realmente nisso, tava acostumada com todas as meninas querendo andar comigo no recreio, o anormal pra mim era o contrário e aí de repente eu tava num universo totalmente paralelo ao meu, onde as pessoas me olhavam de cara feia por eu levar dinheiro todo dia pra comprar lanche e entrar no colégio sem uniforme enquanto os outros não entravam... foi então que eu queria ser a melhor, eu não entendia porque eu tinha sido a vida toda e agora não podia mais, sabe? Aí tomei gosto, começou pelas redações, a me esforçar de verdade pra ficar bom, eu nunca achava que tava bom, mas todo mundo elogiava então tava valendo. E sobre o universo ser tão diferente assim, foi coisa de menos de um ano, na outra série todo mundo já sabia que eu era "a menina do livro azul", aí já tinha toda aquela coisa de enxergarem em mim umas 100 pessoas incríveis (e nenhuma delas ter nada a ver comigo) e eu senti falta de quando simplesmente não gostavam.  Nessa época que eu dei uma boa enlouquecida, quando você ama cor-de-rosa e tem medo de matar aula e de repente todo mundo começa a te achar maravilhosa porque você odeia rosa e não se importa com a escola, você meio que passa a se adequar ao que as pessoas acham que você é, as vezes eu me sinto muito errada por isso, mas aí eu fico escrevendo coisas depressivas e cheias de mimimi que eu odeio, no momento eu tô achando ser assim bem aceitável e então dá pra expressar isso de uma forma que eu não vou sentir nojo de ler depois: "everybody wants to rule the world" descreve. Cada vez que alguém me falava que não tinha coragem de fazer certa coisa eu queria fazer, aí eu fiquei bem louca mesmo, dei uma surtada de outro mundo e acho que entre 12 e 15 anos fiz tudo que a maioria das pessoas não fazer em uma vida inteira, e pra ser sincera eu nem me arrependo, já foi, passou, eu não sou muito de me importar com as coisas, se deu certo, ainda bem, mas se não, que se foda, as vezes fico até feliz de ser assim, outras só queria mudar, sei lá, é bem complicado falar de mim, falo o que não deve ser dito, não vou quando tenho que ir,  tenho uma lema bem  "isolation is the gift" mas NÃO sei lidar com a solidão, morro de medo de ficar sozinha e odeio sentir medo, salto pra cair - melhor doer que manter os pés no chão, ouço música demais, penso demais, bloqueio a mente e fico horas sem pensar, aí me assusto um pouco com como consigo fazer isso, bebo demais sendo que odeio o gosto do álcool, mas me jogo até as palavras saírem tortas da boca, pra dissolver, pra desaparecer, sou viciada no erro - e erro, erro, erro até o erro se confundir com acerto and it's ok then, arrisco e perco tudo, mas nem me importo mais de perder. Não arrisco e não ganho nada. E escrevo, escrevo bastante, escrevo pra Sophia, escrevo pro meu pai, pra Deus, escrevo pra mim mesma, escrevo pra me conhecerem, escrevo pra fugir, escrevo pra vomitar tudo que faz mal pra minha alma, escrevo porque sem a escrita não dá, sem a escrita não vai, que bom que posso me afundar nela, que bom.