domingo, 8 de setembro de 2013

All my scars are open.

O que eu sei agora.



Entre 7h da manhã e meia noite, entre dezembro e janeiro, entre domingo e segunda-feira, entre o loiro e o escuro do cabelo, entre querer morrer e ter gana de viver, entre a triste verdade e a alegre mentira, entre quem te deixa de lado e quem cuida de você, entre a prioridade e a opção, entre o egoísmo e o altruísmo, entre a crueldade e a compaixão, entre o injustificável e a compreensão, entre o rancor e o perdão, entre a obsessão e o aceitamento, entre o desânimo e o amparo, entre a solidão e o companheirismo, entre a frieza e o afeto, entre o desacordo e a sintonia, entre falar e agir, entre juramentos esquecidos e promessas reais, entre o bem e o mal na mesma proporção e o demasiado perfeito, entre quem nunca se preocupou e quem se preocupa tanto a ponto de te fazer sentir importante, entre querer a eternidade e fazê-la existir, entre quem não se importa e quem move o mundo por você, entre a capital federal e a capital de Minas Gerais, entre a Lagoa da Pampulha e a Esplanda dos Ministérios, entre Brasília e Belo Horizonte, entre dizer ser amigo e ser um, entre o amor e a gratidão, entre tanta gente que perdi e a pessoa mais incrível que ganhei. You have won, you can go ahead, tell them.

sábado, 7 de setembro de 2013

Sobre reciprocidade, eu acho.


A coisa que mais me faz pensar em termos de relacionamento é a questão da reciprocidade. Sabe, a expectativa que todos nós temos ou mantemos por alguém por quem nutrimos algum tipo de sentimento. O grave problema de ser alguém que se preocupa com os outros é que você estará muito mais propenso a se machucar. Porque além de si mesmo, você acaba carregando outra pessoa nas suas costas. E, a menos que você faça parte do time das meninas super poderosas dos desenhos, o peso vai te fazer ter grandes dores de coluna. A gente confunde reciprocidade com recompensa. Quer que, o tempo todo, as nossas ações sejam correspondidas com ações de mesmo tamanho e valor por parte dos outros. Esse tipo de recompensa encontra base no nosso egoísmo, no fato de não estarmos abertos às falhas dos outros e aos sentimentos alheios. A gente só leva em conta a decepção em não ser correspondido, porque as nossas próprias expectativas são altas demais. E nunca paramos para pensar que o outro pode ter sentimentos, vontades, valores diferentes ou qualquer outro tipo de coisa envolvido na situação. Ou então, podemos estar certos em reclamar. Porque o que mais existe no mundo é gente que não olha pro próprio rabo. O pior de tudo é quando o mundo inteiro parece não corresponder às suas expectativas, nem à forma como você age com ele. Pode ter havido todo o cuidado, toda a calma, toda a boa vontade. Quando algo desse tipo acontece, você tem que ser compreensivo. Os outros não aceitam falhas nem revoltas por sua parte. Porém, se você provoca uma situação em que outra pessoa não seja correspondida por algo que fez, você se torna a pior pessoa do mundo. É assim mesmo: você não pode esperar que todos ajam como você. Porque pensar assim é o mesmo que pensar no marxismo utópico dos sentimentos. Por maiores que sejam as decepções... eu desisti de tentar entender. O que não significa que desisti de cometer os mesmo erros, de aprender com isso, de deixar de aprender pra cometê-los de novo. Eu só quero tirar um tempo pra poder dar tchau pro mundo. Antes que eu vá mandar alguns bons e poucos pra casa do caralho. Enquanto isso, eu vou me auto-avaliando. Repensando minhas prioridades, minhas verdades, minhas formas de enxergar o mundo. Porque seria egoísmo demais me isentar de qualquer culpa e achar que sempre correspondi à altura a minha participação nessa história toda que a gente chama de vida.