domingo, 12 de abril de 2015

Hoje é dia do amor!


Eu tenho essa mania chata de tentar deixar - o que eu acho - melhor pro final... Sabia que não conseguiria ser a primeira, então escolhi ser a última, ah, e é claro que eu nunca ia conseguir te escrever um texto de aniversário de 10 linhas. Então tá aí, pra fechar o seu dia, com todo amor do meu coração. 

Hoje você nasceu. E isso é tão bonito. Hoje eu simplesmente comecei a escrever. Pra você. Sobre você. Pra te lembrar do que nunca se pode esquecer. Sem nem me preocupar com o tamanho que isso vai ter (e me desculpa se der preguiça de ler) não pensei nem em palavras que combinem entre si, deixei de fato correrem soltas assim, meu coração falando por mim. Lembrei do quanto você gosta daqui e de quando eu te prometi que teria algo em breve aqui, só pra ti. Talvez por você ser assim, por você ser você, como sempre faço questão de te lembrar e ressaltar, possa mesmo dar um outro sentido a tudo, como o amor faz com as pessoas. Por me contagiar e me ensinar com um pouco do seu amor todos os dias, com um dos corações mais lindos que eu já vi. Com um dos sentimentos mais puros que eu já senti. Poucos aprendizados são tão valiosos quanto aprender sobre seu ser e viver com você. Que prazer te conhecer! Agora olha só, o tamanho que ficou, essa tentativa de deixar registrado o quanto você me marcou...

Talvez eu tenha uma sorte fora do comum. Talvez, isso seja só um acaso bonito da vida. Talvez tenha sido destino. O motivo eu não sei. Mas sei que, independente de qual seja, você é uma das coisas pelas quais eu mais devo agradecer. E agradeço... Obrigada. Obrigada por existir, obrigada por ser você. Exatamente desse seu jeitinho tão Bárbara de ser. Obrigada por me emprestar o seu peito pra eu morar. Por me acrescentar, me preencher, me completar. Por ser a voz que eu posso olhar pro celular e discar, em qualquer dia, quase que por telepatia, porque na alegria e na dor também, você encanta, colore, faz bem. Alegria é ter você no meu caminho. E mais que desejar uma longa trilha de amor, eu desejo poder caminhar sempre com você. Que os nossos passos sempre sigam juntos. Eu te desejo a certeza de que nunca vai ser preciso andar sozinha. Porque hoje eu queria estar aí. Só pra grudar em você e ter o seu cheirinho grudado em mim, também. Pra sair meio perdida, de mãos dadas procurando por algum pastel qualquer. E não saber ficar longe nem se quer na hora de beber água. Pra ouvir metade do universo achar a gente igual demais, "cês parecem a mesma pessoa", "ela é sua irmãzinha?", "ué, qual que é qual?". Pra fazer cachinho no seu cabelo ou deitar no seu colo quentinho e dormir no meio de algum filme que mesmo com sono a gente insiste em querer ver. Pra completar mais páginas do seu diário e deixar aí mais partes de mim, porque já tem tantas de você, por aqui. Pra me encontrar no seu abraço. E passar o dia sendo uma fofa! (porque pra você eu sei ser sem medir esforços) - (ou só porque é seu dia mesmo, vai ficar essa dúvida no ar). Eu queria poder te dar uma festa, dessas que a Sophia fosse cantar, que a Ashley estivesse junto pra te encantar, e que você pudesse ser amiga dela - porque eu tenho certeza que vocês se dariam muito bem - . Eu queria que a gente tivesse uma fábrica de açaí, ilimitada, só pra te fazer sorrir! Eu queria todo dia ver BBB com você, porque a gente gente nunca torce igual (e eu te acho muito bonitinha irritada). Eu queria fazer um mochilão pelo mundo com você, e eu queria que você soubesse, que de perto ou de longe, daqui ou daí, eu carrego você aqui, comigo. Por todos os lugares desse mundo. E peço ao futuro que não te carregue, que me permita ficar e te eternizar. Que o tempo, com o tempo, aprenda a não levar você e sim, trazer. Que eu esteja aqui por tantos anos mais e possa te ver crescer. Eu queria que você fosse minha vizinha de porta, pra ir na sua casa todo dia, te acordar pra ver a sua carinha amassada me dando bom dia e encontrar graça na vida, até na hora de escovar o dente. Eu queria poder te abraçar a cada novo boletim, só por você ser tão inteligente assim. Eu queria. Eu quero muita coisa ao seu lado. Mas na verdade eu só quero mesmo que você seja feliz. E que a cada dia encontre mais amor pra encher o seu pacotinho de felicidade. Quero que tenha ao seu lado as pessoas que melhores coisas souberem trazer dentro de si, e que saiba também, acrescentar o bem nas que lhe faltem, porque essência, bondade e afeto são dons que te sobram e transbordam, exalam e contagiam. Feliz vida, meu pedaço de vida! Porque no fundo basta ser assim. Você. Que faz de mim. Ser tão eu. Te amo grandão, pequena (que é maior que eu, na altura e no coração) mas ainda assim, para sempre minha pequena. E não abro mão! Amo você, amo a gente, amo barena. Infinitas datas dessas pra você comemorar, incontáveis dias desses pra eu te parabenizar. Parabéns, mais uma vez e incontáveis outras vezes.

sexta-feira, 10 de abril de 2015

Legislação


Quando eu amo.

Eu acho tão bonito quando eu amo 
Porque raramente eu amo 
Porque eu quase nunca amo 
Mas quando eu amo,
Como eu amo... 
Aí eu amo tanto! 
E quando eu amo, dá-lhe amor 
Quando eu amo, haja amor 
Quando eu amo, cabe amor.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Ausência presente em mim.

Sabe quando a gente não consegue gritar num sonho ruim? Quando as pernas não conseguem correr, ou nessas cenas da TV em que as pessoas saem desenfreadas dentro de florestas escuras parecendo não ver os galhos e árvores emaranhadas pelo caminho, mas seguem tão desesperadamente em busca de algo que a gente do sofá de casa sente a aflição dali, aqui, por dentro? Eu senti assim, em mim. Olhando por todo lugar, falando com um tanto de gente que no fundo só tava compartilhando da mesma angústia que eu. E ninguém via, ninguém sabia. Sempre faço muita questão de ser racional, independente da circunstância. De sentar, respirar, esperar. Chorar é penúltimo caso, rezar última opção. Hoje eu chorei tanto que meu rosto formigou. Rezei de uma forma que minha cota com Deus provavelmente estourou. E é assim que eu, toda essa falsa personificação de coragem, num piscar de olhos me transformo em medo puro. Medo da cabeça aos pés, medo por mim, medo por você, medo pelo que foi e pelo que há de vir, medo de não ter saída, medo de não conseguir. E se você não voltasse? E as coisas que você ainda não tinha vivido? E os sonhos que ainda não tinha sonhado? Os sentimentos que não tinha sentido. Os sorrisos que não tinha sorrido. Até as lágrimas que não tinha chorado, já que o seu coração é flor, admirador da dor, defensor nato, do amor. E se você não voltasse? E a música do seu aniversário? Foi aí que... Flecha no peito, tiro certeiro. Completo desastre mental. As dúvidas viraram plural. E os filmes que a gente não viu? E os planos que a gente construiu? E eu? Quem que eu sou sem você? Eu quero saber? Pensei nas coisas que eu deixo de te falar, por orgulho, chatice ou mania de complicar. Lembrei dos abraços que eu não dei, da sua quase sempre inteligência e da minha constante falta de paciência... Um looping sem fim em câmera lenta martelando minha mente sem opção de pausa. E se você não voltasse?  Meu Deus, eu te liguei tantas vezes que a voz do outro lado da linha que repetia aquele velho "sua mensagem está sendo encaminhada para caixa de mensagem e estará sujeita a cobrança depois do sinal" me partia em mil e levava pra longe um pedaço de mim a cada nova chamada. Eu só conseguia imaginar como iria ser se daqui pra frente isso fosse tudo que eu poderia ouvir quando discasse seu número. Eu pensei no bom dia que eu não te dei, justo naquele dia e nos bons dias que eu não poderia mais dar. Pareceu que o tempo tinha congelado mas que os minutos nunca haviam corrido tão depressa antes. 22 horas. É claro que tinha que ser esse número. Tempo voa e quando vê, já foi. Vinte e duas horas e trinta minutos. Vinte duas e quarenta e cinco. Vinte duas e cinquenta e nove. Vinte e três. Vinte três horas e dez minutos. Vinte e três e trinta. Nada. Nada. Cada andar do ponteiro no relógio me encarava intimidador e dizia sem pena "ela não vai chegar. E se ela não voltar?" Eu acho que eu sempre encarei a vida desse jeito "tanto faz", porque no fundo acredito que não tenho mais nada a perder, então eis que, de repente eu levo uma rasteira da rotina, brincadeira de mal gosto essa do destino. E aí, cadê você? O que que eu sou se eu perder você? Não sei e espero nunca ter que descobrir. Conjunto infinito de minutos que se fizeram séculos. Até que: Onze e quarenta. "Oi, tô aqui". Olha aí, ela chegou. Tá tudo bem. Você voltou.