sábado, 19 de março de 2016

When i look at you.

Eu olho pra você e definitivamente não sei o que fazer. Te admiro como a pintura mais bonita que eu poderia ver. E me sinto insuficiente demais por não poder ajudar, por não entender o que há, por você me legendar tão facilmente e eu nunca, nunca, nunca conseguir te decifrar. Tento gritar mas pedaços de mim estão espalhados por toda cidade. Na calçada e na rua do bar, nas grades do terraço onde você odeia que eu me sente, no seu quarto com cheiro eterno de café, nos banheiros escondidos da faculdade e nas cadeiras geladas da nossa lanchonete preferida, mesmo que você só vá pra sentar e nunca queira comer nada. É preciso muita energia para reunir todos esses cacos, então eu sorrio pro mundo, como se nada estivesse fora do lugar. Respiro fundo, retoco o batom e fico sentada aqui assistindo minha auto destruição enquanto me vejo implodir. Ás vezes sinto como se você fosse uma miniatura de vidro que vai explodir bem na minha frente e atingir minha pele com todos os seus milhares de estilhaços se eu não pensar rápido no que fazer. Mas eu sempre penso. E adio o tempo como uma bomba relógio, que vai estourar em breve, porque sei que o final dessa história é inevitável. Porque quando olho pra você eu vejo tudo. Só que não estou preparada pra aceitar o que vejo. 

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