terça-feira, 31 de maio de 2016
segunda-feira, 23 de maio de 2016
Solos de guitarra me conquistaram.
Uma noite dessas, subimos correndo as escadas de todos os andares e fomos parar no terraço. Nosso lugar particular. Deitamos no chão pra ver o céu e fazer fumaça. A gente ria como se o mundo fosse acabar. O problema, era justamente que ele não iria. Então eu olhei pros seus olhos vermelhos, sempre tão cansados, me virei e chorei baixinho sem você saber. Assim como as milhões de coisas que você não sabe, ou finge não saber. Chorei porque eles me confundiam, igual os meus te "alienam". Chorei porque eu não sei sentir. Chorei porque gostava tanto de você e odiava a forma como isso fazia meu coração doer. Chorei porque não era justo te incluir em toda a bagunça que eu sou e porque não queria que a sua vida se tornasse a droga que a minha era. Chorei porque sem mim, você ainda é um total, e sem você, agora, eu sou só um pedaço. Chorei porque você pede desculpas demais e eu me machuco demais. Chorei porque você fala muito e eu... sinto muito. Chorei porque desde o começo, eu sabia que o final era inevitável. Um silêncio infindável, meu amor. Esse é o som do nosso fim?
sábado, 30 de abril de 2016
terça-feira, 26 de abril de 2016
E se não parar de chover? Se a gente não quiser crescer?
Hoje na volta pra casa, uma criança me parou no metrô pra dizer que achava bonito o meu "olho muito azul". Ela falou tão encantada que não tive coragem de contar que não era de verdade. Depois disso, eu pensei muito nas crianças e no quanto gosto delas. Em como todas são naturalmente felizes e em como o universo parece tão cheio de brilho antes da gente crescer. Lembrei de como eu via o mundo todo cor de rosa e cheio de flores. E do dia que acordei odiando rosa e flores. Queria entender porque crescer faz a gente perder o encanto pelas coisas. Porque essa pureza natural de ser feliz com pouco se esvai. Talvez, isso tenha um pouco a ver com a magia dos começos, como quando a gente acha algo tão incrível no início e depois aquilo simplesmente te satura... Sinto saudade de como eu sentia a vida no começo. Não sei como a gente se sente no final, mas espero que seja diferente de como eu me sinto agora.
quarta-feira, 20 de abril de 2016
Somos um disco do Nirvana de 20 anos atrás.
A primeira vez que você me perguntou se me fazia mais mal do que bem, eu não soube te responder, também. Tenho mesmo esse problema de ser intensa além da conta. De ter as pessoas como caos e como cais, de não sentir nada ou sentir demais. E quase sempre, eu volto pra casa cansada de tentar te legendar. Saturada de ouvir você gritar. Nunca fiz questão de esconder. Todas as vezes, te deixo saber. Mas isso foi ontem. E quando você consegue se acalmar, vira morfina pura. Nem parece ser uma menina tão dura. Hoje o meu remédio foi te re-encontrar. Seus olhos cansados se apertando devagarinho enquanto você sorri, foram a única coisa forte o suficiente para afrouxar um pouco dos nós da minha garganta, que de tão presos faltavam me sufocar. Hoje eu nem precisei falar nada pra você entender. E trançar o meu cabelo, ainda que não leve o menor jeito para esse tipo de coisa e ele não seja tão comprido quanto o seu. Mas você soube dizer que era só pra prender a tristeza e depois soltar. Fiquei tão feliz que aprendeu. E pude respirar saudade, no seu abraço desesperado, apertado e gelado, "brigada por voltar..." Você sabe, que eu sempre vou voltar. A resposta é que hoje você me fez mais bem, do que ninguém. E o que é o tempo, se não um aglomerado de hojes no mundo de alguém?
terça-feira, 19 de abril de 2016
Um dia a gente se vê.
Leio e releio as palavras antigas, as palavras não ditas. As palavras, tantas. Seguro as lágrimas apertadas nos olhos. Um lago represado. Mas não vou chorar. O que fazer com tudo isso? Queria que evaporassem. Embora, sinta um pouco de medo de tudo simplesmente evaporar. Respirei fundo e esperei a eternidade chegar. Mas ela não chegou. Senti o perfume a me pedir: vá. Eu vou... Sinto muito, mas preciso ir. Sem te incluir.
Don't worry. You'll be ok, you don't need me.
É pra eu falar então? Agora? Tá, olha só!
Porque eu não paro de falar, quando eu não sei o que falar. Palavras não tem sentido e eu não tenho abrigo. Mas se eu paro pra pensar, porque eu não paro de pensar, você não faz sentido! Não me tem como abrigo... Se eu te disser que antigamente até pensei que agora, eu saberia exatamente o que fazer agora, mas se você quer me deixar de fora, eu posso tentar ser feliz lá fora. Porque você não vai ligar se eu deixar de te ligar, e falar de mim não faz sentido. Vai sair pra outro lugar, pra por alguém no meu lugar e viver assim, pra mim não faz sentido.
Meu bem, meu bem, você me fez tão mal
Será que você não vê meu bem?
Que eu nunca dancei no carnaval!
Então me deixa de fora mas me deixa tentar...
É, me deixa dançando, mas me deixa dançando o meu tango
Que é isso que eu sei dançar
Tudo muda meu bem, e também qual é a graça se não mudar?
Será que você não vê meu bem,
Todas as vezes que eu parti, eu nunca prometi voltar;
E todas as vezes que eu fui, eu nunca prometi ficar.
sábado, 26 de março de 2016
sábado, 19 de março de 2016
When i look at you.
Eu olho pra você e definitivamente não sei o que fazer. Te admiro como a pintura mais bonita que eu poderia ver. E me sinto insuficiente demais por não poder ajudar, por não entender o que há, por você me legendar tão facilmente e eu nunca, nunca, nunca conseguir te decifrar. Tento gritar mas pedaços de mim estão espalhados por toda cidade. Na calçada e na rua do bar, nas grades do terraço onde você odeia que eu me sente, no seu quarto com cheiro eterno de café, nos banheiros escondidos da faculdade e nas cadeiras geladas da nossa lanchonete preferida, mesmo que você só vá pra sentar e nunca queira comer nada. É preciso muita energia para reunir todos esses cacos, então eu sorrio pro mundo, como se nada estivesse fora do lugar. Respiro fundo, retoco o batom e fico sentada aqui assistindo minha auto destruição enquanto me vejo implodir. Ás vezes sinto como se você fosse uma miniatura de vidro que vai explodir bem na minha frente e atingir minha pele com todos os seus milhares de estilhaços se eu não pensar rápido no que fazer. Mas eu sempre penso. E adio o tempo como uma bomba relógio, que vai estourar em breve, porque sei que o final dessa história é inevitável. Porque quando olho pra você eu vejo tudo. Só que não estou preparada pra aceitar o que vejo.
sábado, 5 de março de 2016
Vai ficar faltando alguma coisa.
No sol dessa manhã tão cinza, a tempestade chegou. Da cor dos seus olhos: castanhos. Difícil dizer o que vai fazer mais falta, se tua fúria ou o silêncio que vem depois dela. Difícil entender a falta que você já tá fazendo. Hoje eu só queria te guardar pra mim. Numa bolha que te protegesse do fim. Só que dessa vez, não vou me privar a selecionar as palavras mais bonitas. Porque acho que elas podem não ser boas o suficiente para muitas coisas, como é agora. Mas precisamos tentar. Não precisa rimar. Não dá para parafrasear, porque você foi tudo que eu não consigo explicar. E me afeta de um jeito que eu não tô nem sabendo lidar. Ta faltando um pedaço de você. Em todo lugar. Tem sua cara, seu jeito, seu pranto, sua birra, seu riso e tanto, por todo canto. Difícil dizer o que vai fazer mais falta. As canções de ninar quando você demorava a dormir ou as velas virtuais acesas pra você se comportar. A vontade de dar na sua cara! - sim, fofa eu uso bordões seu - mas ao mesmo tempo, botar no colo e cuidar, ou querer matar quem te faz chorar. Difícil, difícil. Que os seus caminhos se abram e os olhos também, meu bem. Que você, veja o que é e não o quer que seja. Observando bem, a gente vê tudo. Mas tem que estar pronto, pra aceitar o que verá. Difícil dizer o que vai fazer mais falta. Se é a sua energia gostosa logo de manhã, essa que me impulsionava até a acordar cedo e fazer tudo que tinha pra fazer, pra na volta ter um dia inteiro de overdose de você, ou se o seu receio de mostrar e demonstrar, esse que na primeira dose já berrava "eu não sou de falar... mas aprendi a te amar!". Ensinou, Ana Paula. Pagou por quebrar a regra mas amoleceu um tanto de coração de pedra. Me deixou mais mole do que jamais fui. Agora eu tô aqui, essa manteiga, que não sabe o que vai fazer, sem todo dia poder te ver. A metade do primeiro, já doeu demais. Realmente, era você o cais. Inacreditável te conhecer. Inevitável se envolver. Mas o mundo, não tá preparado pra você. O BBB não fez por onde te merecer. Você que quer engolir o universo e abraçar a vida com mil braços, sem abraços. Esse reality não foi seu. Mas o mundo será. Um brinde de whiksy á quem veio pra brilhar! E me recorro á Burt Bacharach, pra poder te dizer: "Assim mesmo que acordar, antes mesmo de me levantar, eu vou rezar um pouquinho por você. Depois de escovar os dentes, vou rezar mais um pouquinho por você. Na condução, indo trabalhar, de novo, vou rezar um pouquinho por você. Na hora do cafezinho, vou rezar sempre um pouquinho por você..."
Juro. Eu vou até aprender.
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