quinta-feira, 24 de setembro de 2015
sexta-feira, 4 de setembro de 2015
Rotatividade.
No fundo, pra todo mundo, ainda tem tanta coisa pra se ver e viver. Pra sentir, pra sofrer. E também pra sorrir. Pra fugir. Tanto chão, tanta gente, tanto mundo pra ser descoberto. Tantas outras idéias, tantos outros momentos e dias, cancões e melodias, tristezas e alegrias. Outros ares, copos, corpos, dores, sabores. Novas decepções, outros amores e outras dores. Mas a gente insiste em se fechar nessa redoma de vidro gigantesca e não enxergar um palmo a frente do nariz, nesse mundo particular que a gente cria, fruto de um egoísmo mascarado, cheio de pseudo necessidades que no fundo são só vãos desesperados pra preencher o vazio que todos nós inevitalmente trazemos dentro de si. E nessa turbulação que é acreditar que precisamos incessavelmente de algo ou alguém o tempo todo, nos perdemos de quem realmente somos, tornando-se assim omissos ás nossas próprias vontades, ignorantes quanto a essência que trazemos, escravos de uma aprovação fajuta que nos encaixa em algum lugar, fazendo com que a gente acredite tão erroneamente que felicidade é ter, esquecendo que toda magia desse substantivo tão abstrato consiste simplesmente em poder ser.
sexta-feira, 21 de agosto de 2015
terça-feira, 18 de agosto de 2015
Apenas palavras?
"- Quando eu uso uma palavra - disse Humpty Dumpty num tom escarninho - ela significa exatamente aquilo que eu quero que signifique... nem mais nem menos.
- A questão - ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas diferentes.
- A questão - replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso."
Alice no país das maravilhas
domingo, 16 de agosto de 2015
Tudo (sobre) você.
Parece que nada mudou, parece que não vai mudar. Parece que o tempo passou, mas isso nunca vai passar. Você segue com os seus impulsos malucos e eu te sigo na sua estrada incerta, te vendo ir além, enquanto o tempo fica nublado. Esperando que no frio as suas mentiras peguem na sua mão e te sejam companhia na solidão. Você me enfiou nos seus abismos enquanto eu lutei contra o mundo pra ter forma e voz, só que dessa vez o mundo tinha razão: você não sabe nada sobre coração. É como a roda gigante colorida que ilustra a capa de um desses álbuns sobre você. Voa alto, voa leve... Besteira. Gira o mundo, e brilha, brilha antes de apagar e virar poeira. E eu, sento no seu banquinho azul como quem não precisa mais levantar. Porque amo os seus olhos tão bonitos e incertos quando a sua estrada. Porque, meu bem, eu quis chorar minha vida depois que te vi. Mas engulo o mundo sem te vomitar. E só choro meu nó na garganta depois de te descobrir.
Meu erro.
Ainda bem que a gente erra. Ainda bem. Pra entender que somos sim as nossas falhas, mas não só elas. Somos um passo fundo no escuro. Um piso forte no chão, que quando pisa na terra, deixa sujar. E se pisa no vidro, eu tiro os cacos, pode deixar. É bom que a gente tropece pra entender os buracos. E se perca, pra conhecer os atalhos. Pra decorar o caminho e tanto quanto ficar, saber voltar. Eu sei que a gente pisa forte, mas não ligo. Pisa fundo, mas de um jeito ou de outro eu consigo. Pisa forte, cambaleia, pisa firme, cambaleia, pisa fundo, mas vai, vai e pisa forte, pisa fundo, pisa firme e qualquer hora atravessa o mundo.
sexta-feira, 19 de junho de 2015
segunda-feira, 8 de junho de 2015
E decidiu entrar de vez naquela dança.
Hoje eu vim te contar que a minha saudade tá diferente. Feito pontinha de nostalgia que bate no fundo do peito da gente. E eu juro que é saudade boa! Que nem as nossas tardezinhas de garoa, comendo doce na padaria e brincando de poesia. Você e sua mania de me contar histórias em rimas. Saudade da risada abafada, do "não vou contar pra sua mãe", da bagunça arrumada. Do nosso amor pelas estrelas escondidas, atrás da nuvem, por trás da lua, no cantinho dos postes da rua... Será que do que as estrelas tem medo?
- você tem medo?
- eu não! de nadinha
- e de escuro?
- de escuro eu gosto muito
- mas gosta mais de estrelas. não gosta?
Eu gosto mesmo é dessa caixinha de momentos sem fim. Guardados em mim. De poder rir toda noite cantando faroeste porque sei a letra de cor e você sempre duvidou que eu fosse aprender. Mas meu coração é erudito. Cê perdeu bonito!
Desde que você partiu eu espero do jeito mais sincero que me é possível.
domingo, 17 de maio de 2015
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