domingo, 16 de agosto de 2015

Tudo (sobre) você.

Parece que nada mudou, parece que não vai mudar. Parece que o tempo passou, mas isso nunca vai passar. Você segue com os seus impulsos malucos e eu te sigo na sua estrada incerta, te vendo ir além, enquanto o tempo fica nublado. Esperando que no frio as suas mentiras peguem na sua mão e te sejam companhia na solidão. Você me enfiou nos seus abismos enquanto eu lutei contra o mundo pra ter forma e voz, só que dessa vez o mundo tinha razão: você não sabe nada sobre coração. É como a roda gigante colorida que ilustra a capa de um desses álbuns sobre você. Voa alto, voa leve... Besteira. Gira o mundo, e brilha, brilha antes de apagar e virar poeira. E eu, sento no seu banquinho azul como quem não precisa mais levantar. Porque amo os seus olhos tão bonitos e incertos quando a sua estrada.  Porque, meu bem, eu quis chorar minha vida depois que te vi. Mas engulo o mundo sem te vomitar. E só choro meu nó na garganta depois de te descobrir.

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