sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Rotatividade.

No fundo, pra todo mundo, ainda tem tanta coisa pra se ver e viver. Pra sentir, pra sofrer. E também pra sorrir. Pra fugir. Tanto chão, tanta gente, tanto mundo pra ser descoberto. Tantas outras idéias, tantos outros momentos e dias, cancões e melodias, tristezas e alegrias. Outros ares, copos, corpos, dores, sabores. Novas decepções, outros amores e outras dores. Mas a gente insiste em se fechar nessa redoma de vidro gigantesca e não enxergar um palmo a frente do nariz, nesse mundo particular que a gente cria, fruto de um egoísmo mascarado, cheio de pseudo necessidades que no fundo são só vãos desesperados pra preencher o vazio que todos nós inevitalmente trazemos dentro de si. E nessa turbulação que é acreditar que precisamos incessavelmente de algo ou alguém o tempo todo, nos perdemos de quem realmente somos, tornando-se assim omissos ás nossas próprias vontades, ignorantes quanto a essência que trazemos, escravos de uma aprovação fajuta que nos encaixa em algum lugar, fazendo com que a gente acredite tão erroneamente que felicidade é ter, esquecendo que toda magia desse substantivo tão abstrato consiste simplesmente em poder ser.

2 comentários:

Rayza Narcizo disse...

Não existe melhor que você! Minha escritora favorita.

poemavivo disse...

Pensei por alguns minutos num adjetivo pra usar depois do "você é", tentando demonstrar em uma palavra o quão incrível você é:
Você é você (!!!)
Te amo.