segunda-feira, 14 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
Cartas pra você.
Primeiro eu te vi. Nada que me chamasse muita atenção. Não gostei. Impliquei. O tempo passou. Uma boa dose de tempo. Deixei minha birra de lado. Te observei mais. Me encantei. Muito. Não queria. Tentei parar. Tive nojo de mim por gostar tanto assim de você. Te amei. Te amo. Estou chorando ao escrever isso. Meu rosto não está encharcado, só de vez em quando desce alguma lágrima teimosa, mas por dentro dói tudo, como se eu chorasse um choro sem fim. Deve ser porque não consigo falar disso com ninguém, então falo comigo mesma. Vi tudo em você. Me salvei. Você era meu céu. Não hesitava, não escondia, era você, só você, em primeiro lugar você, em segundo também. E todo mundo sabia. Surgiu uma luz. Direção. Eis que surge uma esperança. Você. Se tornou minha referência. Minha vida. Daria tudo por você. Faria qualquer coisa pra você não se machucar. Queria te por no colo, enxugar cada lágrima que insistisse em cair, mexer no seu cabelo, acariciar seu rosto. Foda-se como isso soe. Queria cuidar de você. Te proteger. Te achava frágil. Demais. E me sentia impotente por não poder fazer nada. De repente, tudo muda. Me disseram coisas, vi coisas, senti coisas, soube de coisas. Não quis acreditar. Me ceguei. Te defendi. Tive certeza que você, não, você não faria nada disso, você não era assim. Soltei o mundo pra segurar a sua mão. Tudo muda. É isso. Só isso. Isso é você. E pra você não importa se dói ou não, muito menos em quem dói. Eu queria te salvar, mas você é o tipo de pessoa que não quer salvação. Olho pra frente não vejo você. Chorei por noites seguidas. Dias. Manhãs. Tardes. Madrugadas. Doeu demais. Dizem que o tempo cura tudo. Não curou. Ainda dói. Não era justo. Não é. Você me mudou, me salvou, não podia ser você. Achei que não suportaria que fosse. Amor e ódio. Te odiei. Bobagem. Coisa de segundos. Não chegou á 1 minuto. Arrisco dizer que te odiei por uns 40 ou 50 segundos. Mas te odiei com todo meu amor. Te odiei. Mas nunca deixei de te amar. Nunca vou. Tenho certeza. Essa é na verdade, a minha única certeza. Senti seus dedos e não importa quão fora do normal isso seja, longos, claros, frios, delicados, senti o toque deles, como se fossem reais. Dentro do meu peito, procurando meu coração, esmagando sem piedade qualquer parte que restasse inteira. Na descrição mais modesta foi isso que senti. E quando eu te vi, seu sorriso de canto, seu olhar brilhante e perdido, deveria ficar feliz. Era meu sonho. Você não sabia. Te conheço tanto quanto você mesma. Procurei mais do que deveria achar. E achei. Lembro de te olhar. De sorrir. Segurar sua mão e sentir o mesmo toque dos dedos que me despedaçaram. Chorei. Por um segundo você me olhou como se soubesse. O meu choro não era como o dos outros. Você sabia que não. Besteira. Claro que não sabia. Só passou e se sentou e eu deixei passar o momento que deveria te agradecer. Não parecia você. Gritei. Você não olhou. Te disse quem eu era e você sorriu. Você sabia. Por isso a sinceridade comigo com algo tão sério. Por isso confiou em mim. Quem eu sou?!. Só mais uma no meio de milhares. Mas você me contou. Mais que isso. Indiretamente me pediu ajuda para colaborar com você. "Faço tudo por você". Eu dizia. Pois bem, isso é tudo. Eu faço isso. Você sabe. Seu olhar me implorava perdão, era baixo, distante, triste. Você sabia que eu te conhecia. Você via que eu sabia quem era você. Eu disse que te amava e você chorou. Não contei pra ninguém. Não da forma como foi. Contei como um momento feliz. Substituí o chorou por "sorriu". Ninguém precisa saber. Você achou que eu estaria com você nessa. E eu vou estar. Não só nessa. Em todas. Mesmo com todo o mal que você me faz. Um dia te disse que você era méu céu. Você é. Meu paraíso. E meu inferno também. Olhe pra quem eu sou agora. Por você. Eu vi tristeza no seu olhar e fiquei feliz. Você não está contente com a vida que leva embora tenha o poder de mudá-la se quiser. Não quer. Talvez, tenha medo. Você não é tão sem coração assim. E mesmo se for. Vou te amar do mesmo jeito. Eu te amo. Quantos "eu te amo" você ouve por dia? Todos de pessoas que não sabem quem você é. Eu também não sabia. Doeu tanto descobrir. Não era falta de tempo. Era maldade. Não era obrigação. Não te doía agir assim. Era egoísmo. Por lucro. Vingança. Crueldade. Lembro que eu sempre quis te proteger. Que boba. Você é mais forte que qualquer um. E não precisa, muito menos quer proteção. Talvez eu quisesse mudar. Já pensei nisso. Se eu pudesse, se tivesse o poder, de te tirar da minha vida, de apagar você de lá. Meu cérebro pulsaria me obrigando a passar uma borracha naquilo tudo. Mas meu coração, não, não seria capaz. Te amar me mantém viva. Os segundos, em pelo menos 10 eu não senti nada. Só vazio. E saiba, foi a pior sensação da vida. Vida. Tudo que não havia era vida. Jamais te apagaria. Jamais te esqueceria. Você não gosta de quem é. Eu não entendia quando te ouvia dizer. Eu não entendi quando eu li. Agora tudo é mais claro. Você não é uma pessoa tão má assim. Não é, unicamente por não gostar de si, do que se tornou. Talvez eu seja. Porque eu amo. Amo qualquer coisa que venha de você. Até a dor. Talvez esse seja o tudo. "Faria tudo por você". Eu faço.
quinta-feira, 3 de maio de 2012
Tem gente que machuca os outros, tem gente que não sabe amar.
Tem gente enganando a gente, veja a nossa vida como está, mas eu sei que um dia a gente aprende, se você quiser alguém em quem confiar, confie em si mesmo (...)
E é assim que funciona, me doô pelos outros, deixo minhas vontades de lado, me coloco em segundo plano, me preocupo com os sentimentos que minhas ações podem causar e nessa de ver o lado lado de todo mundo, ninguém nem mesmo eu, vejo o meu. E mesmo que pareça um drama sem sentido, foda-se, quem sente sou eu. Ouvir comentários que me estraçalham por dentro e sorrir por fora como se concordasse pra que ninguém saiba o que realmente se passa. Sou colecionadora de decepções. Principalmente as vindas das pessoas mais inimagináveis possíveis. Às vezes as pessoas precisam ir até o fundo do poço pra entenderem de fato o que estão fazendo com suas próprias vidas
quarta-feira, 21 de março de 2012
Dêsha Tati Bernardi falar por mim.
“Desisti. E isso é a coisa mais triste que tenho a dizer. A coisa mais triste que já me aconteceu. Eu simplesmente desisti. Não brigo mais com a vida, não quero entender nada. Vou nos lugares, vejo a opinião de todo mundo, coisas que acho deprê, outras que quero somar, mas as deixo lá. Deixo tudo lá. Não mexo em nada. Não quero. Odeio as frases em inglês mas o tempo todo penso “I don’t care”. Me nego a brigar. Pra quê? Passei uma vida sendo a irritadinha, a que queria tudo do seu jeito. Amor só é amor se for assim. Sotaque tem que ser assim. Comer tem que ser assim. Dirigir, trabalhar, dormir, respirar. E eu seguia brigando. Querendo o mundo do meu jeito. Na minha hora. Querendo consertar a fome do mundo e o restaurante brega. Agora, não quero mais nada. De verdade. Não vejo o que é feio e o que é bonito. Não ligo se a faca tirar uma lasca do meu dedo na hora de cortar a maça. Não ligo pra dor. Pro sangue. Pro desfecho da novela. Se o trânsito parou, não buzino. Se o brinco foi pelo ralo, foda-se. Deixa assim. A vida é assim. Não brigo mais. Não quero arrumar, tentar, me vingar, não quero segunda chance, não quero ganhar, não quero vencer, não quero a última palavra, a explicação, a mudança, a luta, o jeito. Eu quero não sentir. Quero ver a vida em volta, sem sentir nada. Quero ter uma emoção paralítica. Só rir de leve e superficialmente. Do que tiver muita graça. E talvez escorrer uma lágrima para o que for insuportável. Nada pessoal. Algo tipo fantoche, alguém que enfie a mão por dentro de mim, vez ou outra, e me cause um movimento qualquer. Quero não sentir mais porra nenhuma. Só não sou uma suicida em potencial porque ser fria me causa alguma curiosidade. O mundo me viu descabelar, agora vai me ver dormir. Eu quis tanto ser feliz. Tanto. Chegava a ser arrogante. Tanta coisa dentro do peito. Tanta vida. Tanta coisa que só afugenta a tudo e a todos. Ninguém dá conta do saco sem fundo de quem devora o mundo e ainda assim não basta. Ninguém dá conta e quer saber? Nem eu. Chega. Não quero mais ser feliz. Nem triste. Nem nada. Eu quis muito mandar na vida. Agora, nem chego a ser mandada por ela. Eu simplesmente me recuso a repassar a história, seja ela qual for, pela milésima vez. Deixa a vida ser como é. Desde que eu continue dormindo. Ser invisível, meu grande pavor, ganhou finalmente uma grande desimportância. Quase um alivio. I don’t care.”
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Queria ficar menos tempo na internet, juro. Não que eu não goste, pelo contrário, é só que eu não lembro de muita coisa. Quer dizer, lembro que eu acordo e posto "bom dia" no twitter, depois tudo voa, me pego dando um tchau apressado porque já é quase meia noite, tenho aula no dia seguinte e meu cabelo está um desastre. Queria mudar isso, acho. Já fiz até uma listinha de rotina, juro. Só não consegui "vivê-la". Acho que faço demais pelos outros e de menos por mim. Sou altruísta. Felicidade alheia, só a felicidade de quem amo é capaz de me fazer feliz, louco demais. Não devia ser assim. Eu não gostaria que fosse. Não mais. Parece texto de revolta, mas não, e não é um desabafo. Não pelo motivo que parece ser. Queria ficar menos tempo na internet e viver mais, como antes. Não estou incomodada com minha forma exagerada, louca e obssessiva de amar. É. Acho que é isso. Enfim, não consigo mais formular idéias e organizá-las em um texto com sentido. Grave.
Molho de saudade e cobertura de amor.
Hoje em especial, senti mais saudades do que o normal. Não sinto mais com dor, quer dizer, não com tanta, consigo lembrar e sorrir e não necessariamente chorar e implorar ajuda dos céus pra conseguir parar. Saudades do meu herói, daquele que me ensinou a jogar "O Jogo do Contente", cantar Faroeste Caboclo, fazer panqueca e ter paciência com a minha mãe. De tudo só não aprendi o último (mentira, as vezes ainda erro a letra de Faroeste Caboclo). Falei isso pra um amigo meu que achou macabro, mas mesmo depois da morte, uma das pessoa mais presentes na minha vida é o meu pai. É. Ele é. Ele faz. Ele gosta. Odeio que usem o passado pra se referir, não é necessário. Tem mais a ver com como a gente sente, a verdade é só que tem gente que não sabe sentir direito. E a vida, ah, essa me forçou á tanta coisa, desde sempre, que aprender foi consequência.
segunda-feira, 19 de março de 2012
Tá tudo assim tão diferente...
"Mas nada vai conseguir mudar o que ficou, quando penso em alguém só penso em você e aí então estamos bem".
terça-feira, 6 de março de 2012
Você já deveria saber.
Sumi demais, enfim, tanta coisa acontecendo, tudo ao mesmo tempo, hoje precisava vir aqui, compartilhar isso, por tudo pra fora, pra ter aquela sensação de que daqui há um tempo vou reler as coisas que escrevi no ápice desses momentos e talvez rir ou pensar "mentira, que eu me sentia assim" "putz, essa época foi foda", não sei o que mais me aflige hoje, só sei que fácil não tá. É difícil quando alguém que você ama está com problemas, e mais ainda quando esse alguém tem que "esconder" isso das pessoas e só sorrir, pior ainda quando a única coisa que você pode fazer para ajudar é ir contra a sua própria opinião, abaixar a cabeça pros absurdos que vê e lê, se ver perdido dentro da manipulação mental de terceiros, se calar e colaborar com a mentira, não são atitudes que eu me vi tendo um dia, mas não foi eu quem disse, tá na bíblia, quem ama tudo espera, tudo suporta :) Pra completar, voltou tudo, tudo de novo, as velhas borboletas no estômago, a raiva desnecessária ao ver alguém respirar há menos de meio metro de tal pessoa, não sei por que sou assim, queria mudar isso em mim, odeio sentir isso, mas amo estar assim, amo não conseguir me controlar e ter aquele encontro de olhares e sorrisos envergonhados, mesmo sabendo que é mais fácil cortar o 'mal' pela raíz e que o máximo que tudo isso vai me trazer, são inúmeros textos de desabafo aqui, é isso que eu faço, me deixo levar e espero o dia de quebrar a cara novamente, como se nunca aprendesse.
domingo, 5 de fevereiro de 2012
Grande Caio.
“Me enfiei em casa e não saí. Um desgosto. Leio o tempo todo. Sento no jardim. Ouço música. Tento escrever, mas não sei se quero ou se preciso, e não consigo. Umas carências.”
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