domingo, 11 de dezembro de 2016

GO!


Eu sempre, sempre mesmo, tive essa mania insuportavelmente chata de proteção. Hoje, realmente acho que entendo mais sobre o tempo e compreendo melhor os advérbios, então arriscaria dizer que nesse momento, você é a parte mais bem guardada pela minha redoma de vidro imaginária. E isso nem tem mais a ver com querer silenciar o mundo apenas para que ele não te machuque, agora soa mais parecido com uma guerra interna que grita silenciosamente. Porque tem dias que eu sinto seus olhos tão tristes que eu quero qualquer coisa, até que você os feche se for preciso, menos que os deixe abertos dessa forma tão angustiante. A vida, de fato, está em constante mudança e a certeza menos ingênua que podemos ter é a de que tudo vai mudar, mesmo que a gente lute incansavelmente contra isso. Talvez mude depois de quatro anos, talvez seja em um, outras em um mês, um dia, um minuto... Um instante despercebido. E às vezes isso parece tão doloroso, tão difícil de se entender, ou tão compreensível, mas não menos torturante. Sim, é sobre perder e ganhar, é sobre uma equação que nem sempre vai ter resposta. É sobre crescimento. Eu juro que é. Sobre ver o mundo com novos olhos, sobre perdoar os outros, sobre se perdoar, sobre aceitar os finais, ou o tempo que as pessoas eventualmente precisem. Isso é sobre saber o valor que você tem, dentro de um grupo e dentro de si mesma, pro mundo e pra você. É sobre manter a sua consciência limpa e ser fiel ao que você acredita, sabe? É sobre entender que as coisas acabam... E ir. Pode ir. Eu tenho uma resistência tremenda quanto a hipótese de que você vá, mas há instantes, como agora, que eu deixo até o meu egoísmo de lado e só quero te dizer: por favor, vai. Porque a dor, seja ela qualquer for, não é castigo, sweetie. É só mais um momento. E ele não combina com você. 

3 comentários:

Anônimo disse...

****** go solo ^^

M disse...

Uma profeta dessa bicho

mamba disse...

porra doeu