sábado, 9 de agosto de 2014

E eu que tive um começo feliz do resto não sei dizer...

De vez em quando ainda acordo sonolenta, meio assustada pela impressão nata de ter ouvido o barulho do motor do seu carro, e talvez pelo excesso do sono, vou esfregando os olhos na espera do portão ser aberto e alguém vir me cobrir. Só que sempre desperto totalmente e percebo o quão frio está, por que nunca mais vai ter ninguém pra arrumar a minha coberta. O primeiro dia dos pais celebrou exatos 6 meses de ausência. Chorei o domingo inteiro e não queria sair do quarto pelo resto da semana. Um ano depois, tanto me inundei na imensidão do que eram as minhas lágrimas, que arrisquei um pedido pra uma estrela no céu, mesmo que achasse tudo isso uma bobagem, prontamente fiz o segundo e no próximo dia não chorei. Essa data se repetiu mais três vezes sem espaço pro meu pranto. Milagrosas as suas estrelas. Só que hoje, meia noite começou mais cedo e eu, comecei o dia chorando e não penso em celebrá-lo de outra forma que seja longe do meu quarto. Nenhuma promessa é real. Amor eu sinto a sua falta e a falta é a morte da esperança. Um dia eu volto a viver. Por enquanto só grito.

Eu grito pro universo que eu não sei lidar. 

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