quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

you do not know me and never know

"- Bom, as pessoas todas - ela começou, seu tom de voz saindo meio sem jeito - tem mania de criar um tipo de fantasia doida sobre mim – encolheu os ombros, e eu franzi a testa. – Não é muito... muito confortável, se é que você me entende. Eu não consigo compreender por que as pessoas fazem isso, mas eu sei que fazem. Assim como você. É muito esquisito, tenho certeza que você deve me ver de um modo extraordinário e fantasioso, como se eu fosse uma ótima pessoa, uma garota perfeita em tudo e única no mundo. Mas nada disso é verdade, eu já tentei te dizer que eu não sou uma boa pessoa, que eu, apesar de tudo, sou alguém que não se deve confiar, não se deve gostar e não se deve nunca querer realmente conhecer. – mordeu o lábio inferior – O que você pode esperar de uma pessoa assim? Nada. Então não diga que me ama, porque você não me conhece. E não ache que eu não sei que as pessoas no geral, na verdade, não gostam tanto assim de mim, porque eu sei que elas gostam da fantasia de quem supostamente eu sou."

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