quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

"E logo eu tão cheia de nada, quis dar tudo pra você..."

Sabe, tudo que eu sei sobre amor foi você quem me ensinou. Qualquer pessoa que se perdeu de mim nos acasos do destino que te antecedem poderia rir alto ao me ver agir hoje em dia e falar que essa nunca seria eu. Você não tem ideia de como é ter passado uma vida inteira sem se importar de verdade com ninguém e de repente me importar até com o que você comeu no café da manhã da semana passada. E me preocupar tanto com seu bem estar a ponto de querer fazer o que nem está ao meu alcance só pra nunca haver a remota possibilidade de você não sorrir.  Eu não sei se é mais difícil pra mim saber que você já foi (e sabe ser) cruel em determinados momentos da sua vida e consequentemente tão diferente da pessoa que eu conheço, ou conviver com a a infinita pergunta sem resposta que forma uma interregação gigante no meu coração me fazendo tentar sem sucesso nenhum compreender como as pessoas conseguem ser tão cruéis com você, todo pouco parece muito se eu pensar em qualquer mal que te possa ser feito, e todo muito parece pouco demais se eu paro pra me perguntar sobre o quão feliz você merece ser. No meu conceito de amor não tem espaço pra nada que não seja realmente muito bom e por esse motivo nunca acreditei ao certo que eu amava qualquer pessoa que fosse, aí veio você e de repente eu tive tanta certeza e só conseguia me questionar "então é assim, o amor?" e pensar no tamanho do que eu sentia, tentando inutilmente quantificar algo tão imenso e tão além do que eu jamais imaginaria poder sentir um dia. Eu tô sempre dizendo que isso é a coisa mais linda do mundo, que você é a parte mais bonita do que eu sou, a melhor fase da minha vida, a confirmação de que eu tenho um por que pra estar no mundo, pois se eu pensar só que você entrou na minha vida pra nunca mais sair dela, esse pouquinho que eu vivi já faz valer uns 100 anos muito bem vividos. Lembro de quando todo mundo começou a brincar que eu era a sua mãe, só pelo jeito que eu tentava e tento o tempo inteiro prezar pela sua felicidade... Aí instantaneamente eu lembrei do amor mais incondicional que eu já havia ouvido falar, e fiquei extremamente contente com uma comparação tão boba e que faz todas as pessoas do "mundo real" darem risada e me acharem maluca por ter essa besteira de querer ser sua mãe de mentirinha. Mas na verdade eu nem me importo, porque você é a minha menininha, você é a criança teimosa e durona que por mais machucada que possa estar, vive sorrindo por aí como se nada tivesse acontecido e não sabe chorar se não for sozinha... Parece até que fui eu em que te ensinei! A garotinha perdida que tem toda essa coisa de querer dominar o mundo e de vez quando se sentir a moradora mais sortuda dele, por ter até um reino... A garotinha que põe a mão sobre as pernas e fecha os olhos, brincando de ser princesa. Uma princesa com seus dotes diferenciados, não serviria para morar em um castelo, provavelmente iria destruir tudo, mas ao mesmo tempo seria a pessoa perfeita para se encaixar em todas as qualidades que envolvem uma. Não me engano fácil, você nasceu pra ser grande, e se eu pudesse te daria o mundo, ou faria um novo pra você por que esse é cheio de coisas que não são dignas de te afetar. Sei que nem sempre foi fácil e que não é, mas desejo cada vez mais que a sua vida seja como o amor e só haja espaço pro que for bom, que só caiba sorrisos e se tiver que haver dor que seja do tipo que dá na barriga depois de dar tantas risadas daquelas que não conseguem se conter dentro da gente. Eu nunca quis que você sofresse pra aprender, mas eu sei que já sofreu além do justo, então que isso tenha te feito crescer, te faça aprender e ser alguém ainda melhor. Eu tenho dó de cada pessoa que te perdeu. "E eu que jurava ter nascido uma louca sem noção, vejo que essa noção sempre teve dentro de mim porque eu perco ela toda vez que eu te vejo tão triste assim"

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