Hoje eu tive que deixar um pouco dos meus conflitos internos de lado, pra falar dos conflitos mundiais. Ou quem sabe unir ambos, em um tipo de conflito só.
E não, eu não sou nenhuma espécie de comunista ou militante de esquerda. Na realidade, desde que me interesso por política, me identifico muito mais com as posições da direita, economicamente falando. E sei, que essa é uma informação completamente nula, tendo em vista que definitivamente, Donald Trump não representa a extrema direita americana e nem Hilary, a esquerda. Eu queria que as pessoas entendessem que o mundo e os problemas sociais, políticos e humanitários ao redor dele, não são divididos entre direita e esquerda. E sim, eu li livros de história. Sim, eu sei quem é Che Guevara e me apavora viver em um mundo onde o acham revolucionário ou herói, em nome de uma ideologia. Sim, eu fui a favor do impeachment, e não, eu não posto Fora Temer nas redes sociais. Não, eu não acho que seja o fim dos Estados Unidos, ou que vem aí um substituto de Hitler. Mas sim, eu perco a fé, nas pessoas. Eu sento e não consigo esperar por um resultado diferente no Brasil em 2018. E eu sinto uma profunda dor filantrópica. Sinto meu cérebro se comprimir, porque eu sou uma pessoa que precisa entender as coisas constantemente e não vou entender um estado como a Flórida, onde há o maior número de latinos dos EUA, elegerem um candidato... que odeia latinos. Um presidente que define imigrantes como narcotraficantes, criminosos e estupradores; que apresenta como solução construir um muro e forçar o México a financiá-lo. Eu não vou entender uma sociedade que compactua com o ódio. E nem por osmose eu adquiriria a capacidade de compreender que sim, milhares de pessoas concordam com o discurso ofensivo de quem escolheram como representante máximo. Porque isso diz muito sobre o que elas pensam sobre si mesmas e sobre as outras. Sobre quem elas são, diante da vida. E eu só não queria viver em um mundo onde descubro que as pessoas são assim.
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